sexta-feira, 14 de maio de 2010

Más escolhas

Na semana passada fui aos correios e olhem o que encontrei, a Pucca, mas minha nossa esta não deveria ser uma Pucca para os meninos(não que eu seja contra Drague Queens nem nada disso, sou toda a favor), mas minha nossa não me digam que isto não parece uma Pucca Drague Queen drogada.



Isto lá é maquilhagem que um livro pa garotos pequenos devesse ter, ao menos que fosse melhorzinha, que esta é horrenda. Se todas as artistas do cinema se maquilhassem assim meu deus estávamos desgraçados, ninguém vinha a Portugal com medo de ver algo assim na rua.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Hoje estou numa de Tosca, excelente grupo, todos os álbuns são muito bons, somente tem 2 mais fraquinhos:  Dehli 9 e Honney, esses são mais minimalista. Tosca é algo no género de Thievery Corporation e Kruder & Dorfmeister.


Enquanto estava à procura de mais álbuns deles descobri um site no qual apresentavam o novo álbuns No Hassle e no artigo diziam que os Tosca começaram com o álbum Honey em 2005, com este erro monumental fiquei indignada (saindo-me inclusive um frustrado Não é nada!), basta procurarem no Amazon que até aí as datas tão correctas, este grupo já é veterano, tendo começado em 1990 e troca o passo, fui toda indignada para comentar e como é costume não permitiam comentários de momento. Mas bom a ver se me passa esta irritação.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cada maluco com a sua panca




Calhaus, pedras, pedrinhas são uma panca que tenho desde garota (maior que esta só mesmo paus).
Nem o facto de me ter caído em pequena, uma enorme (das que tenho em minha casa) mesmo em cima de dedo mindinho do pé e ter feito sangue e depois com a reia da praia e tal, nada disso fez com que deitasse o calhau ao chão e o deixasse  ficar na praia. Nada disso, aquele calhau enorme e cheio de caracoizinhos do mar fossilizados mereceu todas as minhas lágrimas e esforço em trazer aquela relíquia desde onde a encontrei até à minha toalha e ao pé dos pais para me tratarem do ferimento e darem mimo.
Tratar do ferimento sei que sim, tanto que tenho uns dedos mindinhos muito mimozinhos, a parte da mimo não lembro, mas o calhau cá canta. É uma daquelas coisas que vai sempre comigo para onde eu for: fui estudar fora - foi comigo, fui viver para outra cidade- foi comigo, voltei à terra natal - foi comigo, mudei de casa - fui comigo, voltei a mudar de casa - fui juntamente com todos os outros homeless (que fui recolhendo e dando abrigo ao logo dos anos) num caixote para a minha casa nova e agora aqui está a servir de  apoio aos meus discos de vinil.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Chuva


A chuva cai e eu fico
relembro o outrora com passividade
o nada é o que era tudo menos o que é.
É sendo... e assim permanecerá,
tal como a chuva que sempre volta a cair.


sábado, 8 de maio de 2010

Maré



As vagas vêm e …
… as vagas vão
  e  nelas sou embalada.
Percorro os mares como se dona deles fosse.
  enjoo com a ondulação das ondas
 Sou apenas uma gota que separa o mar do céu.
 Flutuo por entre a maré
 por vezes farto-me de tanta agitação, e então …
… desço às profundezas … às águas gélidas
   aí sinto-me bem, tranquila
então remonto à superfície
e aí fico novamente
separando o mar e o céu
olhando a lua cheia
que me envolve e enche de coragem
e de calma
para que possa enfrentar o mar tumultuoso que me espera.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Vindima

O sopro da vida sente-se a  ser esmagado por meus pés.
A cada investida minha, milhões de uvas são esmagadas, comprimidas. Suas vidas escoam por entre meus dedos.
Enterro-me até aos joelhos, enterro-me em uvas inertes e sem vida.
Poucas escapam, mas em vão, pois a vez delas chegará … com o acaso.
Por fim … “Podes sair!”
Saio …
 desço do altar mortífero e …
... lavo as vidas que a mim se agarram com bagos e grainhas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

À quem use feitiços eu ingiro comprimidos "do amor"

Hoje acordei tarde. Não ouvi o despertador, mas sim o pessoal a cortar a relva incessantemente isso ouvi e ouvi bem (pensei pra mim: "Merda, mas não é na sexta que eles costumam cortar a relva?"), mas Nãooooo! decidiram mudar para hoje, logo hoje.
Acordei estranha, a garganta a doer, o ouvido também (sabe-se lá porquê com toda a sinfonia matinal agradável), um pouco surda, o nariz seco seco seco, com todas essas coisas boa de estar doente. Acordei, levantei-me ( e logo eu que adoro dormir), vesti-me e fui perguntar ao meu amor se ela queria levantar ou ficar na sorna mais um bocadinho.
Muito a meu desagrado estava a pé e sem conseguir dormir por falta de ar.
O meu amor levantou-se comigo e fez-me um pequeno almoço divinal: panquecas pequeninas hiper fofinhas com "geleia" de morango em fiozinhos desenhados, chá e 2 comprimidos. Não é preciso estar doentita pa ela tratar de mim assim, mas ela é um doce e fez coisas boas pa mim.
Foram as melhores panquecas que já comi até hoje, estavam como eu gosto quer no doce quer na fofura (é tão lindo escrever fofura), souberam-me a amor, carinho, preocupação.
E assim comecei o meu dia com amor, carinho e drogas a aquecer-me por dentro.
O meu amor dá-me drogas pa me manter com ela e eu fico doentita facilmente (tudo da minha cabeça mas mesmo assim acho que é a combinação ideal).
Amor, Drogas e nada de Rock-and-roal que me doe o ouvido.

Nada


Aquela paz que não se encontra em nós.
Aquele vazio preenchido
A calma que o verde transborda
A água que os pinheiros sugam, a vida que eles roubam
O nada que eles preenchem de vazio

terça-feira, 27 de abril de 2010

Bosque encantado


Espero pelo vento … pela brisa … pela água.
Espero que me levem … como um doce sabor.
Ir … ir para lá, para aqui, estar lá e não aqui … estar, ficar
 permanecer deitada sobre a erva e dormir
sentir os cheiros e neles me perder, olhar o verde … e o verde querer ser.

domingo, 25 de abril de 2010

Pensamentos às tantas da madrugada

Sabem aqueles pensamentos todos filosóficos e profundos que as pessoas têm ? Pois bem eu tenho os de noite, quando estou na cama a tentar adormecer e assim fico horas e pensar em tudo e mais alguma coisa sem conseguir adormecer e acalmar a cabeça. Nessa altura é quando tenho as ideias mais brilhantes e pensamentos fantásticos que se os não apontar em algum papel, de manhã não me lembro nem de 1/4 deles, o que me deixa infeliz.
Pois bem no outro dia (noite) estava eu deitadinha feliz da vida e tentar adormecer com a minha ratinha ao lado a dormir sossegadinha e pimba, deu-me para pensar em tudo e mais alguma coisa (algumas coisas nada boas, que sim não são só ideias de mar de rosas que me dá para ter) e tive um momento retorcido e macabro sublime (daqueles que eu adoro ter e depois me desato a rir que nem uma porca toda feliz com o meu achado). 
A ideia é sublime, assim que a tive procurei o tmn na escuridão e a tentar não acordar o meu amor (não funcionou por sinal) e escrevi o seguite extracto poético:


A menina salta e encarrapita as fitas do seu cabelo.
Ao saltar uma vez mais cai e torce os tornozelos.


Li-lhe o que tinha escrito e mesmo cheia de sono riu-se e trocamos ideias se deveriam ser os 2 tornozelos ou só um que ficava torcido.



sábado, 24 de abril de 2010

Incertezas


Não se sabe ao certo …
Não sei eu! Não sabe ela! Não sei …
… mas eles parecem que sabem.
O quê?
Não sei!
Não se sabe ao certo …
Sei que dói é a única coisa que sei.
Que sabem eles?
Pensam que sabem, talvez saibam!
Não sei ao certo!
A dor é real como tudo o que faz doer.
Apenas o que é … e nada mais é o que é!
Só as coisas que não doem é que desfalecem com a brisa do tempo.
Essas são boas, mas parecem ser sonhadas, imaginadas, nada são em relação às que doem.
Talvez sejam?! …
A dor ameaça surgir novamente
 Não quero, não quero mesmo, mas que faça?
Não se sabe ao certo.
Tudo sofre porque existe, porque é dor.
Que sabem os outros? … nada, apenas pensam coisas irreais.
Digo adeus às quimeras que transportam a felicidade … e …
… e abraço a angústia e a dor que se encaminham na minha direcção. Talvez? Quem sabe!?
Não se sabe ao certo. Nem eu, nem eles.
As vagas nunca cessão de ondular e o barquinho de papel tende a desfazer-se a cada ondular das ondas.
Será que ele resistirá?Não sei! Não se sabe ao certo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Fuga Outonal


Sinto-me despida como as árvores que se erguem para o céu.
Tudo à minha volta é movimento …
… mas o meu coração parou.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Conto



Uma vida de merda

Foi assim que tudo começou:

-          Aí que doresssss..... aí! Aí! Meu Deussss, aí que é agora! Depressa abre a porta!
-          Força querida! Isso! Faz força! Força querida! Isso!
-          Hum! Hum!
-          Isso! Respira! Respira! Força!
-          Hum! Hum... hum!!!
-          Isso querida! Tás a ir bem! Continua.
-          Hum! Humm!
-          Hum! Ááááá! Que alívio!
-          Então querida? Tás bem? Conseguiste?
-          Sim querido, já tá! (Alívio)

E foi assim que eu nasci. Após uma longa e tortuosa viajem ao longo do intestino grosso. E aqui estou: boiando na sanita e prestes a ir pelo cano a baixo e a ter o que se chama .... uma vida de merda.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Os meus pedaços negros - Tomo Um

Parto sem dizer adeus, para não deixar na memória a mágoa que sinto.
Parto com a sensação que nada deixo, podendo não deixar muita coisa.


sábado, 10 de abril de 2010

Silêncio

Quão patético é?!!!!
Nem um abraço conseguir pedir?
Não conseguir dizer nada por a garganta estar tão apertada que até dói?
Preferir não dizer nada ... cada vez menos palavras são trocadas ...
Daqui a um ano o que quero ter, onde quero estar?
Quero ter uma vida. Estar num canto só meu. Sem que ninguém me chateie. Nada mais a não ser a simplicidade.
Agora dói ... tenho os gritos encerrados dentro de mim, no mais profundo do meu ser e nem esses consigo deitar cá pra fora ... quão patético é.